Aumenta a responsabilidade do senador Flávio Bolsonaro no desempenho do PL no Rio

Aumenta a responsabilidade do senador Flávio Bolsonaro no desempenho do PL no Rio

Por Cláudio Magnavita*

Qual o papel do senador Flávio Bolsonaro nesta sucessão presidencial e no Rio? Como o filho mais aberto ao diálogo, o senador, chamado na família de 01, por ser o primogênito, está construindo um capital político próprio e se instalou como uma liderança não apenas do Rio, mas nacional.

É muita responsabilidade nos ombros de um jovem, que completa no próximo dia 30 de abril, apenas 41 anos. Foi deputado estadual de 2003 a 2019. Quatro legislaturas completas. A sua formação foi toda na vida política. É um parlamentar por essência.

Nesta eleição de 2022, o seu papel no Rio de Janeiro, sua base eleitoral e da família, não pode ser figurativo, principalmente quando entrou para uma legenda que se transformou em majoritária no estado e tem o comando do Governo Estadual. Como líder do Partido Liberal, é seu dever zelar pela consolidação da legenda, com a eleição de uma bancada robusta, tanto na assembleia estadual, que conhece, como na Câmara.

No Governo do Estado, o seu papel é de absoluto respeito ao governador Cláudio Castro, que é da sua mesma geração e possui amizade pessoal. Este respeito não deve ser negligenciado e confundido como omissão ou desinteresse.

Em um processo de hierarquia, o senador está acostumado a escolher listas tríplices e não levar nomes debaixo do braço para nomeação. É falsa a informação que ele apresentaria três nomes para a vaga de vice estadual. É um direito do PL e do senador, como líder do partido, participar ativamente da escolha, da mesma forma que defende a reeleição de Romário.

Ao lado do senador Carlos Portinho, Flávio e Romário estão na mesma legenda. É neste cenário que ele tem o direito de esperar fidelidade partidária de toda a estrutura do PL do Rio e isto inclui a fidelidade à reeleição presidencial. Se o senador ficar aborrecido com sinalizações dadas em outros sentidos, ele tem toda a razão. O desempenho do estado cairá na sua conta. Reeleger Castro é seu objetivo, como também reeleger Romário e, principalmente, reeleger o presidente. Uma missão que merece respeito e para a qual ele estará vigilante. Seus anos de parlamento evitam que seja enrolado.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã