Crime hediondo

É tão horrorroso, tão nojento e passível de palavrões que não cabem nesta página, que falta adjetivo apropriado para definir o criminoso que, no momento de pandemia de coronavírus que o mundo vive dolorosamente, frauda e superfatura compra de respiradores essenciais e outros equipamentos para enfrentar a doença.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em parceria com o Ministério Público do Estado, prendeu nesta quarta-feira, 13, o empresário Maurício Fontoura, acusado de participar de um esquema criminoso de contratos fraudulentos sem licitação para compra de respiradores pelo Governo do Estado. Foram presos antes o ex-subsecretário-executivo estadual de Saúde Gabriell Neves e uma sócia de Maurício, Cinthya Silva Neumann.

O governo do Rio, de Wilson Witzel, comprou mil respiradores, mas só foram entregues 52 - e não servem para atender doentes com coronavírus, segundo as investigações. Essa gente asquerosa precisa ser enquadrada em crime hediondo, por ato profundamente repugnante, imundo, ou seja, um ato indiscutivelmente nojento, segundo as normas da moral vigente.

Entre os crimes hediondos, aparece o favorecimento de epidemia com resultado de morte, como ocorre na atualidade. Sua pena será cumprida inicialmente em regime fechado; a progressão pode ocorrer após o cumprimento de 2/5 da pena, se o apenado for primário, e de 3/5, se reincidente. É pouco para conter tantos canalhas.