Crimes de Guerra

Os bandidos do colarinho branco, acobertados no serviço público e associados a empresários inescrupulosos, precisam de um corretivo muito maior do que as penas previstas atualmente, ao assaltarem recursos da área de saúde e, por via de consequência, agravar casos de doença e até provocar mortes. A população do Rio acompanha, atônita, o escândalo de fraude na compra de respiradores para o combate ao coronavírus, com um prejuízo incomensurável para todas as suas vítimas.

O grupo criminoso – no qual se destacam Mário Peixoto, patrono do Governo Wilson Witzel; e o bagrinho Gabriell Neves, ex-subsecretário-executivo da Secretária de Saúde do Estado - é um predador social de alta periculosidade pelo que se informa.

Respiradores à parte, o grupo superfaturava também prestação de serviços para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), prejudicando o atendimento à população no período pré-pandemia, agravando-a. Milhões foram desviados.

O caso é ainda mais chocante porque a pandemia revela a gigantesca dimensão da pobreza no Brasil, onde os menos favorecidos pagam a conta da bandidagem. É preciso, urgentemente, alterar a legislação penal para tais crimes, que precisam ser classificados como hediondos.

O Correio da Manhã assume esta campanha, que tem certamente a adesão do Poder Legislativo e de lideranças respeitáveis em todos os meios, a exemplo do colunista Ancelmo Gois, que hoje manifestou sua indignação em O Globo e também defendeu pena de guerra. Cadeia aos bandidos e a transformação dos seus crimes em hediondos!