Na Prefeitura do Rio, o que vale é a Lei de Murici

Por Cláudio Magnavita*

O Prefeito Marcelo Crivella não esconde o seu entusiasmo pelo seu crescimento nas pesquisas e queda dos índices de rejeição. Quando o seu nome aparece associado ao Presidente Bolsonaro ele sobe ainda mais na preferência dos eleitores.

Tudo isso pode naufragar pela postura de alguns secretários e dirigentes de órgãos municipais que estão agindo como se acreditassem que o mundo terminará no dia 31 de dezembro.

O cenário de mau humor tem um efeito colateral horrível. São incapazes de sorrir e cortejar os aliados. Nem parecem que estão em uma campanha e reeleição. São os primeiros arautos do pessimismo. Ao invés de contagiar com entusiasmo fazem o contrário. Jogam uma ducha fria naqueles que acreditam na reeleição.

A Casa Civil, que deveria ser uma usina geradora de boas noticias é a mais carrancuda. Trata a todos na patada. Na Saúde a Secretária é a primeira a dizer que tudo vai mal e no CET Rio tem pedido de vereador parado desde dezembro de 2019. A lista de mau humor e de dirigentes tentando salvar o seu CPF é enorme.

Existe uma legião de pré-candidatos e dirigentes partidários assustados com a hostilidade gratuita e pessimismo da equipe ligado a Crivella. A administração está cometendo os mesmos erros dos primeiros dias da gestão, quando achavam que ninguém prestava e estavam cercados por inimigos. Cada um age olhando para o seu próprio umbigo e são incapazes de interagir com outros pastas e defender pleitos republicanos de aliados. O espírito de campanha não existe.

Se Marcelo Crivella chegar ao segundo turno será por méritos próprios. Não poderá ser acusado de se beneficiar de ter o domínio da máquina público. Está ficando claro que “a lei que impera é a de Murici, cada um cuida de si”.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã