Lucro dos bancos ofende os brasileiros

Qualquer “zé mané” ou famélico brasileiro - entre os milhões que estão famintos - sabem que é um absurdo inominável o lucro dos bancos nacionais durante qualquer crise econômica dos últimos anos e, especialmente, agora, neste momento de pandemia do coronavírus, que mata milhares de cidadãos deste país. No primeiro semestre deste duríssimo 2020, o Bradesco ficou no topo da lista das companhias abertas com os maiores lucros na América Latina. O banco fechou o semestre com lucro líquido de US$ 1,257 bilhão (R$ 6,888 bilhões), enquanto o Itaú Unibanco, o segundo colocado, teve ganho de US$ 1,246 bilhão (R$ 6,825 bilhões). O Banco do Brasil, que deveria estar a serviço da população e das empresas mais necessitadas do país, ocupa terceiro lugar, com 1,171 milhão.

O governo faz vista grossa a este cenário de entrega do Brasil ao sistema financeiro - nossa economia, claro, é comandada por um financista, porta voz do setor, o mesmo que pensa em arrasar com os benefícios sociais da população, a exemplo da Farmácia Popular. A escravidão imposta pelos bancos na atualidade é pouca, Paulo Gudes deve pensar. Não existe no mundo sistema financeiro mais achacador deste que opera e manda, sorrateiramente, no país.

O desastre segue. Basta ver que a Petrobrás lidera a lista dos maiores prejuízos na região, com um déficit de 9 bilhões e 356 milhões de reais, números que ajudam aqueles - ligados ao mesmo sistema financeiro - que querem privatizá-la. Os assaltantes oficiais do país se aproveitam da ignorância da maioria da população.