Sem medo de morrer

A ignorância da população, no enfrentamento de qualquer dificuldade coletiva, é um dos graves problemas sobre o futuro da sociedade e, em último caso, da própria raça humana. Exemplo claro e próximo de todos nós está no comportamento de bandos de pessoas no enfrentamento da pandemia de coronavírus que, até o momento, a pandemia do novo coronavírus já deixou 27.356.706 contaminados e 893.005 mortos no mundo; o Brasil são 4.147.794 contaminados e 126.960 mortos, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Pois esta tragédia não sensibiliza a massa bruta que lotou as praias brasileiras no fim de semana, prolongado pelo feriado de 7 de setembro, data em que o Brasil declarou Independência ou Morte. O mesmo aconteceu em cidades da Europa e em todos os cantos do mundo.

No Rio - onde havia filas até para chuveirinho. Cenas de aglomeração foram registradas no Jardim Botânico, na Zona Sul, no Cristo Redentor e no Pão de Açúcar. Em São Paulo, as praias também lotaram. Foi assim na Praia Grande, em Ubatuba. A recomendação dos órgãos de saúde para o uso da máscara foi seguidamente desrespeitada em todo o país. Em Santos, houve oito afogamentos. Há dezenas de exemplos de descaso com a vida.

É verdade que, na média móvel de mortes, 14 estados estão em situação de estabilidade, 12 estão em queda e apenas um, Amazonas, apresenta alta, segundo os últimos números. É verdade também, como mostram outros países, que a pandemia volta a crescer, onde não há cuidado em preveni-la. É preciso refletir. A independência precisa evitar a morte.