"Máfia de branco"

A postura dos peritos médicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), contrários à volta ao trabalho, só reforça uma imagem antiga da categoria, que era definida pelo ‘O Pasquim’ como “Máfia de branco”. O cenário é de uma insensibilidade indescritível. Esta máfia de irresponsáveis, que certamente vai às praias, deixa um milhão de pessoas sem atendimento. Não é um problema comum. São pessoas que aguardam uma perícia para receber seu benefício. É gente carente.

O que têm a dizer os conselhos de Medicina sobre a arrogância da categoria? São superiores aos demais trabalhadores que enfrentam enormes dificuldades há anos, agravadas pela pandemia de coronavírus? Não são diferentes de outros profissionais, a exemplo de advogados, engenheiros, jornalistas e etc.

Os médicos que enfrentam a determinação de volta ao trabalho precisam de punição. Precisam, se necessário, ser demitidos. Abusam da estabilidade que têm em suas funções. A reação do governo - diante de um cenário tão grave - é de covardia. Um milhão de pessoas sem atendimento sofrem, na área de saúde, o ataque de uma categoria que se revela mau caráter. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, se mostrou confiante com a volta ao trabalho dos peritos médicos do INSS e disse que as agências que contam com o serviço voltarão a fazê-lo presencialmente, a partir da próxima segunda-feira (21).

Confiante? A dúvida segue no ar. Os peritos médicos precisam de vergonha na cara. Simples assim.