O Galeão vivo é vital

Por Claudio Magnavita*

A bancada federal do Rio e o governador Cláudio Castro tentaram sensibilizar o ministro Tarcísio Freitas sobre o colapso do aeroporto do Galeão, em total desequilíbrio com o aeroporto Santos Dumont. Saíram frustrados. A União vai privatizar o aeroporto central e não fará nada para desvalorizá-lo e não intervirá nas rotas.

O problema é mais grave do que um simples desequilíbrio de voos. O Galeão é a porta de entrada dos voos do maior destino turístico brasileiro. Sem conexões domésticas não haverá retomada dos voos internacionais. O Rio não é um destino ponto a ponto. Com menos tráfego do que São Paulo é ideal para conexões dos voos para o Nordeste e até o sul, aproveitando o posicionamento geográfico altamente estratégico do Rio.

Uma rota internacional se alimenta deste mix de faturamento. Passageiros locais e passageiros em trânsito que consolidam uma rota. Uma grande aeronave, com 250 a 300 passageiros precisa desta equação.

O Rio sem voos de distribuição no seu aeroporto internacional quebra o planejamento e a saúde das rotas de longo curso.

A pandemia deixou a aviação em inanição. Os poucos voos que começaram a existir tiveram o SDU como destino. O volume cresceu e as aéreas aproveitaram nova redistribuição de slots, inclusive para Congonhas. Com a vacina e retomada é preciso corrigir. Sem um Galeão com voos não teremos turistas internacionais.

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã