Novo chanceler coloca o Itamaraty muito mais próximo da presidência

Por Cláudio Magnavita*

A escolha do embaixador Carlos França como o novo chancelar do Brasil deve ser comemorada. O ex-embaixador Rubens Barbosa, com quem França serviu, aplaudiu a escolha.

Para o Itamaraty, é um verdadeiro upgrade. Nunca houve um chanceler que fosse tão próximo a um presidente da República, posição conquistada pelo novo ministro por sido assessor especial do presidente e chefe do Cerimonial da Presidência.

Com um perfil discreto, conciliador e com uma profunda bagagem acadêmica, Carlos França foi um aluno exemplar do Instituto Rio Branco.

Ele tem conhecimento profundo da casa e está à altura do novo cargo. Um detalhe lhe será útil na nova missão.

Como assessor especial do presidente, sempre foi uma figura onipresente nas audiências, nas interlocuções mais pessoais, criando uma carteira de relacionamentos extraordinária. Sempre era acionado por outras autoridades quando necessitavam de alguma atenção especial de Bolsonaro, principalmente pelos parlamentares do alto clero.

Não foi uma escolha do deputado Eduardo Bolsonaro, mas do próprio presidente da República, que sempre teve no embaixador França um interlocutor sobre assuntos internacionais e os bastidores do próprio Itamaraty. Com apenas 57 anos, o novo chanceler tem a fleuma certa para a nova missão.

Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã