Os jovens ‘quarentinhas’ que estão fazendo a história no Estado do Rio

Os jovens ‘quarentinhas’ que estão fazendo a história no Estado do Rio

Os personagens de uma epopeia

Por Cláudio Magnavita*

Como é fazer história quando se estar na casa dos 40? A pergunta pode ser feita ao secretário chefe da Casa Civil Nicola Miccione e ao governador Cláudio Castro, após a assinatura do contrato de concessão para as Águas do Rio (Aegea), em 11 de agosto de 2021, no Morro da Urca. Na sua fala, Miccione destacou o poder de transformação do saneamento e o quanto o estado economizará na saúde da população. Tudo isso foi amplamente divulgado pela imprensa e fará parte da divulgação oficial. O Correio da Manhã quer registrar neste editorial o lado humano desses personagens, o que dificilmente será resgatado pelos historiadores. Neste grupo, deve se incluir também o chefe de gabinete do governador, Rodrigo Abel, um cientista político que, agora, coloca em prática suas teorias, e descobre que elas funcionam.

A privatização da Cedae deve muito ao empenho e abnegação de Nicola, oriundo da diretoria do Banco do Nordeste, capaz de tourear o que parecia impossível: o destinado a ser o maior negócio da dupla de pastores e do ex-juiz que transformaram o Estado em balcão de negócios. Todo o processo foi transparente. O próprio ágio provou que não houve cartas marcadas. Finalmente um grande negócio beneficiou o Estado e não seus dirigentes. A corajosa condução do governador Cláudio Castro despertou o seu lado pitbull. Foi duro quando precisou e sedutor quando necessário. O carioca Luiz Fux, presidente do STF, possibilitou ao Rio ganhar o fôlego financeiro que precisava. Poucos gestores públicos podem incluir em seus currículos o que esses personagens fizeram. Na casa dos 40, já aprenderam a fazer história.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã