Furto de cabos prejudica transportes: só com união epidemia criminosa será debelada
Um crime com milhares de vítimas
Por Cássio Nogueira de Castro
O noticiário policial volta a falar dos crimes de furto de cabos. Ficar sem Internet, telefone e energia já é rotina para os fluminenses.
Na segunda quinzena de agosto, o transporte ferroviário viveu um verdadeiro pesadelo com os danos e transtornos causados por furtos de cabos na extensão de sua malha.
Os usuários da Supervia sofrem com as condições e serviços prestados pela concessionária, que, em recuperação judicial, reduziu significativamente seus colaboradores. A cultura do furto de cabos de energia criou uma rede criminosa organizada que se vale de fuzis e pistolas para cometer crimes patrimoniais. É um assunto de segurança pública. Coibir os crimes patrimoniais não é apenas responsabilidade da concessionária. Até porque ela não tem vigilantes armados para combater o grupo criminoso especializado no furto.
Claro que as forças de segurança do estado não têm recursos humanos suficientes para garantir a segurança nas centenas de quilômetros da via férrea. Com ajuda das tecnologias e sistemas de inteligência, usando câmeras de monitoramento e interface instantânea com os batalhões de área da polícia militar será possível diminuir muito o número de casos de furto que está em níveis altíssimos. É necessário cautela quando se procura um culpado para responsabilizar. Colocar Agetransp e Setrans como partes responsáveis pelo enraizado do crime no estado é um equívoco. Precisamos da união de todos os órgãos para encontrar uma solução. Cada usuário deve ajudar a coibir esta prática criminosa.